Disbiose intestinal e sua relação com sintomas gastrointestinais em pacientes com doença de Parkinson. Revisão sistemática da literatura
Palavras-chave:
doença de Parkinson, eixo intestino-cérebro, microbioma gastrointestinalResumo
Introdução. A doença de Parkinson (DP) apresenta sintomas gastrointestinais (GI) não motores que afetam a qualidade de vida. A disbiose intestinal tem sido proposta como contribuinte para essas manifestações por meio do eixo intestino-cérebro. Materiais e métodos. Uma revisão sistemática foi conduzida seguindo as diretrizes PRISMA 2020. Estudos clínicos originais em humanos com DP (2021-2025) de seis bancos de dados foram incluídos. A qualidade metodológica foi avaliada usando os algoritmos Newcastle-Ottawa e AMSTAR 2. Resultados. Oitenta e seis registros foram identificados e 10 estudos observacionais foram incluídos. Uma redução nas bactérias produtoras de ácidos graxos de cadeia curta e um aumento nos táxons pró-inflamatórios foram observados. Essas alterações foram associadas a maior gravidade dos sintomas GI, especialmente constipação. Discussão: O envolvimento do eixo intestino-cérebro na fisiopatologia da doença de Parkinson foi documentado, particularmente em indivíduos que apresentam sintomas gastrointestinais, como dispepsia e dismotilidade intestinal. Essa associação se reflete na ligação consistente entre a disbiose intestinal e os distúrbios digestivos observados, destacando o papel do sistema gastrointestinal na expressão clínica da doença. Conclusões. A disbiose intestinal foi associada a sintomas gastrointestinais na DP. Estudos multicêntricos e ensaios intervencionais são recomendados para validar os achados e explorar estratégias terapêuticas.
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