Maestro y Sociedad e-ISSN 1815-4867

Volumen 22 Número 3 Año 2025

Artículo original

As atitudes positivas e o seu papel no desenvolvimento de intenções empreendedoras: uma análise em jovens universitários

Positive attitudes and their role in the development of entrepreneurial intentions: an analysis among university students

Las actitudes positivas y su papel en el desarrollo de intenciones emprendedoras: un análisis en jóvenes universitarios

Júlio Safeca Machado Mestre1, https://orcid.org/ 0009-0007-6717-7838

María Margarita Santiesteban Labañino2, https://orcid.org/ 0000-0003-1930-7726

Martha Beatriz Vinent Mendo3, https://orcid.org/ 0000-0002-1936-3739

1Instituto Superior Politécnico de Benguela, Benguela- Angola

2,3Universidad de Oriente, Santiago de Cuba, Cuba

*Autor para correspondencia. email: juliosafeca2025@gmail.com

Para citar este artículo: Machado Mestre, J., Santiesteban Labañino, M. y Vinent Mendo, M. (2025). As atitudes positivas e o seu papel no desenvolvimento de intenções empreendedoras: uma análise em jovens universitários. Maestro y Sociedad, 22(3), 2847-2852. https://maestroysociedad.uo.edu.cu

RESUMEN

Introducción: El presente estudio analiza el impacto de las actitudes positivas en la formación de intenciones emprendedoras en estudiantes universitarios angoleños. El objetivo es evaluar el papel del sistema educativo en la promoción de actitudes favorables al emprendimiento, con énfasis en la autoeficacia, la resiliencia y la motivación. Se utilizó un enfoque mixto, con métodos cuantitativos y cualitativos, involucrando a 26 estudiantes de tres instituciones de educación superior en Angola. La recolección de datos se realizó mediante el Inventario de Evaluación del Potencial Emprendedor, permitiendo medir autoeficacia, asunción de riesgos y competencias sociales. Los resultados muestran una correlación positiva entre la autoeficacia y la intención emprendedora, siendo la autoeficacia y la motivación los principales predictores. Se identificaron debilidades en la gestión de recursos financieros y en la planificación empresarial. Se recomienda reforzar los programas formativos con metodologías prácticas, mentorías y simulaciones empresariales. Se concluye que las actitudes positivas, especialmente la autoeficacia y la motivación, son determinantes para el desarrollo de intenciones emprendedoras, destacando la necesidad de políticas educativas que promuevan una cultura emprendedora inclusiva y adaptada a la realidad angoleña.

Palabras clave: Actitudes positivas, Intenciones emprendedoras, Autoeficacia, Educación superior, Angola

Abstract

Introduction: This study analyses the impact of positive attitudes on the formation of entrepreneurial intentions among Angolan university students. The aim is to assess the role of the educational system in promoting favourable attitudes towards entrepreneurship, focusing on self-efficacy, resilience, and motivation. A mixed approach was used, combining quantitative and qualitative methods, with 26 students from three higher education institutions in Angola. Data were collected using the Entrepreneurial Potential Assessment Inventory, measuring self-efficacy, risk-taking, and social skills. Results show a positive correlation between self-efficacy and entrepreneurial intention, with self-efficacy and motivation as the main predictors. Weaknesses were identified in financial resource management and business planning. It is recommended to strengthen training programmes with practical methodologies, mentoring, and business simulations. It is concluded that positive attitudes, especially self-efficacy and motivation, are determinants for the development of entrepreneurial intentions, highlighting the need for educational policies that foster an inclusive entrepreneurial culture adapted to the Angolan reality.

Keywords: Positive attitudes, Entrepreneurial intentions, Self-efficacy, Higher education, Angola

RESUMO

Introdução: O presente estudo examina o impacto das atitudes positivas na formação de intenções empreendedoras em jovens universitários angolanos. O objectivo é avaliar o papel do sistema educativo na promoção de atitudes favoráveis ao empreendedorismo, destacando dimensões como autoeficácia, resiliência e motivação. Utilizou-se uma abordagem mista, com métodos quantitativos e qualitativos, envolvendo 26 estudantes de três instituições de ensino superior em Angola. A recolha de dados foi realizada através do Inventário de Avaliação do Potencial Empreendedor, permitindo medir autoeficácia, assunção de riscos e competências sociais. Os resultados indicam uma correlação positiva entre autoeficácia e intenção empreendedora, sendo a autoeficácia e a motivação os principais preditores. Identificaram-se fragilidades na gestão de recursos financeiros e na planificação empresarial. Recomenda-se o reforço dos programas formativos com metodologias práticas, mentorias e simulações empresariais. Conclui-se que as atitudes positivas, especialmente a autoeficácia e a motivação, são determinantes para o desenvolvimento de intenções empreendedoras, destacando-se a necessidade de políticas educativas que promovam uma cultura empreendedora inclusiva e adaptada à realidade angolana.

Palavras-chave: Atitudes positivas, Intenções empreendedoras, Autoeficácia, Educação superior, Angola

Recibido: 15/5/2025 Aprobado: 2/8/2025

Introdução

O empreendedorismo é reconhecido como motor do desenvolvimento económico, impulsionando inovação e geração de emprego. Em Angola, a dependência de recursos naturais e o elevado desemprego juvenil tornam urgente a diversificação económica. A promoção do empreendedorismo, por si só, não garante sucesso; é fundamental compreender os factores que influenciam a intenção de empreender, especialmente entre jovens universitários. (Fialho, M., & Borges, J. (2019); PNUD. (2020), UNESCO. (2021) e Banco Mundial. (2022))

A literatura destaca a relevância das atitudes positivas, como autoeficácia, resiliência e motivação, na formação de intenções empreendedoras. A Teoria do Comportamento Planeado (Ajzen, 1991) e o Modelo de Autoeficácia Empreendedora (Bandura, 1997) fundamentam a análise destes factores. Em Angola, desafios como escassez de recursos, formação docente insuficiente e limitada integração de conteúdos empreendedores nos currículos dificultam o desenvolvimento de atitudes favoráveis ao empreendedorismo.

Este estudo visa analisar o papel do sistema educativo na formação de atitudes positivas e o seu impacto nas intenções empreendedoras dos jovens universitários angolanos. Pretende-se fornecer evidências que possam orientar políticas educativas e estratégias de formação mais eficazes, contribuindo para a sustentabilidade e diversificação económica do país.

Intenções Empreendedoras

As intenções empreendedoras são entendidas como a predisposição consciente de um indivíduo para iniciar um negócio ou projecto empresarial. Segundo a Teoria do Comportamento Planeado, a intenção de empreender é influenciada por três factores principais: atitude face ao comportamento, norma subjectiva e controlo percebido. O Modelo de Autoeficácia Empreendedora destaca a importância da crença nas próprias capacidades para enfrentar desafios e superar obstáculos.

Dimensões das Atitudes Positivas

• Autoeficácia: Refere-se à crença na capacidade pessoal para alcançar metas específicas. Indivíduos com elevada autoeficácia tendem a estabelecer objectivos ambiciosos e persistir perante adversidades.

• Resiliência: Capacidade de adaptação positiva face à adversidade, essencial para o sucesso empreendedor.

• Percepção de Riscos: Envolve a disposição para assumir riscos calculados, fundamental para aproveitar oportunidades inovadoras.

• Motivação Intrínseca: Impulso interno para alcançar objectivos pessoais e profissionais, associado à persistência e criatividade.

• Competências Sociais: Habilidade para construir redes, comunicar e colaborar, facilitando a obtenção de recursos e apoio.

Estudos em Contextos Universitários

A literatura recente evidencia que a educação superior desempenha papel crucial ao proporcionar conhecimentos técnicos e experiências práticas que reforçam competências como criatividade, resiliência e capacidade de assumir riscos. Instituições que integram metodologias inovadoras, como aprendizagem baseada em projectos e incubadoras de empresas, têm impacto positivo no desenvolvimento de intenções empreendedoras.

Desafios e Oportunidades em Angola

Apesar de avanços, persistem desafios estruturais: desigualdade regional, falta de recursos, formação docente insuficiente e limitada aplicabilidade prática dos conteúdos. A colaboração entre universidades e sector privado tem permitido experiências práticas, mas a integração do empreendedorismo nos currículos ainda é desigual.

Materiais e Métodos

Adoptou-se um desenho de investigação misto, combinando métodos quantitativos e qualitativos. A amostra incluiu 26 estudantes de três instituições de ensino superior em Angola: Instituto Superior de Ciências de Educação de Benguela, Instituto Superior Politécnico de Benguela e Instituto Superior Politécnico de Caála. O critério de selecção considerou género, área de estudo e experiência prévia em empreendedorismo.

A recolha de dados foi realizada através do Inventário de Avaliação do Potencial Empreendedor, instrumento validado que avalia dimensões como autoeficácia, assunção de riscos e competências sociais. Os dados foram analisados com recurso a correlação, regressão múltipla, testes t e ANOVA, utilizando o software SPSS.

Resultados y Discusión

Os estudantes apresentaram níveis moderados de autoeficácia (M=3,0; DP=1,02) e motivação empreendedora (M=4,19; DP=0,98). Verificou-se uma correlação positiva significativa entre autoeficácia e intenção empreendedora (r=0,58; p<0,01). A análise de regressão múltipla identificou a autoeficácia (β=0,42; p<0,01) e a motivação (β=0,36; p<0,01) como preditores principais da intenção de empreender.

Foram detectadas fragilidades na gestão de recursos financeiros e na planificação empresarial, sugerindo a necessidade de reforço na formação de competências directivas. Os estudantes com maior percepção de controlo sobre as suas capacidades demonstraram maior predisposição para empreender.

Análise ANOVA: Ano Académico vs. Intenção de Iniciar Negócio

Para compreender se a intenção de empreender varia consoante o ano académico, foi realizada uma análise de variância (ANOVA) entre os estudantes do 1.º, 2.º e 3.º anos. Esta análise permite identificar possíveis diferenças no grau de intenção empreendedora ao longo da progressão académica. Os resultados apresentados na tabela seguinte mostram as médias, os desvios padrão e os valores estatísticos obtidos para cada grupo.

Tabela 1

Ano Académico

Média Intenção de Empreender

Desvio Padrão

F

p-valor

1º Ano

2,8

0,9

2º Ano

3,1

1,0

3º Ano

3,2

1,1

2,45

0,09

Nota: Não se verificou diferença estatisticamente significativa entre os anos académicos.

Análise ANOVA: Idade vs. Autoeficácia

Para avaliar se a percepção de autoeficácia difere conforme a idade dos participantes, foi conduzida uma análise ANOVA com as diferentes faixas etárias da amostra. Este procedimento permite perceber se a maturidade ou experiência associadas à idade têm impacto significativo na autoeficácia dos estudantes universitários. A tabela apresenta as médias, desvios padrão e valores estatísticos para cada grupo etário.

Tabela 2

Faixa Etária

Média Autoeficácia

Desvio Padrão

F

p-valor

18-20

2,9

1,0

21-23

3,1

1,1

24+

3,3

1,2

1,87

0,17

Tabela 3

Análise ANOVA: Género vs. Influência Social

Para analisar a influência do género na percepção de apoio social ao empreendedorismo, foi realizada uma ANOVA entre os grupos masculino e feminino. O objectivo é identificar se existem diferenças na forma como homens e mulheres percepcionam o apoio social relevante para a actividade empreendedora. Os resultados detalham as médias, desvios padrão e valores estatísticos para cada grupo.

Tabela 3

Género

Média Influência Social

Desvio Padrão

F

p-valor

Masculino

3,4

1,0

Feminino

2,9

1,1

3,12

0,08

Nota: Diferença marginalmente significativa, com homens a reportarem maior influência social.

Tabela 4

Análise ANOVA: Ano Académico vs. Competências de Gestão

Para examinar se as competências de gestão evoluem ao longo do percurso académico, foi efectuada uma análise ANOVA entre os anos de curso. Esta análise permite verificar se a formação universitária contribui para o desenvolvimento destas competências essenciais ao empreendedorismo. A tabela apresenta as médias, desvios padrão e valores estatísticos correspondentes.

Tabela 4

Ano Académico

Média Competências de Gestão

Desvio Padrão

F

p-valor

1º Ano

2,7

0,8

2º Ano

3,0

1,0

3º Ano

3,2

1,1

2,01

0,14

Nota: Não se verificou diferença estatisticamente significativa entre os anos académicos.

Discussão

Os resultados confirmam a importância das atitudes positivas, em particular a autoeficácia e a motivação, na formação de intenções empreendedoras. Persistem limitações na educação empreendedora em Angola, sobretudo na aplicação de metodologias práticas e na orientação para a gestão empresarial.

A análise evidencia que estudantes com maior percepção de controlo sobre as suas capacidades demonstram maior predisposição para empreender, alinhando-se com a literatura internacional. A resiliência e a motivação intrínseca surgem como factores determinantes para a persistência e superação de obstáculos, sendo essenciais para o sucesso em contextos de elevada incerteza.

A influência do género, ainda que marginal, sugere a necessidade de políticas educativas que promovam a inclusão e o fortalecimento da autoeficácia em grupos sub-representados, como as mulheres. A integração de metodologias activas, mentorias e simulações empresariais nos programas formativos é recomendada para potenciar competências práticas e psicológicas.

A discussão também destaca a importância de um ambiente institucional favorável, com acesso a recursos, apoio institucional e oportunidades de aprendizagem experiencial. A colaboração entre universidades e sector privado pode ser um catalisador para o desenvolvimento de competências empreendedoras.

Implicações para a Educação Superior em Angola

• Integração Curricular: É fundamental integrar o empreendedorismo nos currículos de forma transversal, promovendo competências técnicas, sociais e psicológicas.

• Formação Docente: Investir na formação de docentes em metodologias inovadoras e orientadas para o empreendedorismo.

• Inclusão e Diversidade: Desenvolver políticas que promovam a inclusão de grupos sub-representados, reduzindo desigualdades de género e regionais.

• Parcerias Estratégicas: Estimular parcerias entre universidades, sector privado e organismos internacionais para ampliar oportunidades de formação prática.

• Apoio Institucional: Criar incubadoras, programas de mentoria e redes de apoio para estudantes empreendedores.

Conclusões

As atitudes positivas, especialmente a autoeficácia e a motivação, desempenham um papel determinante na formação de intenções empreendedoras entre estudantes universitários angolanos. A existência de fragilidades em competências de gestão e na confiança para assumir riscos evidência a necessidade de melhorar a formação em competências específicas para o empreendedorismo.

O estudo contribui para o conhecimento do empreendedorismo no contexto educativo angolano, salientando a importância de uma formação integral que combine o desenvolvimento académico com o fortalecimento de competências empreendedoras. Recomenda-se a implementação de políticas educativas que promovam uma cultura empreendedora inclusiva e adaptada à realidade socioeconómica do país.

Entre as limitações do estudo, destaca-se a restrição da amostra a três instituições, sugerindo a necessidade de ampliar futuras investigações para diferentes regiões e contextos. Estudos longitudinais e intervenções específicas, como programas de mentoria, poderão aprofundar o conhecimento sobre o impacto das atitudes positivas no empreendedorismo juvenil.

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Conflicto de intereses

Los autores declaran no tener ningún conflicto de intereses.

Declaración de responsabilidad de autoría

Declaración de responsabilidad de autoría

Júlio Safeca Machado, María Margarita Santiesteban Labañino y Martha Beatriz Vinent Mendo: trabajaron en la revisión bibliográfica, investigación y redacción del artículo.